“Um encontro satisfatório, muito proveitoso no que se refere ao que foi repassado pela equipe técnica da Ceasa-DF, que está muito bem preparada – apresenta resultados financeiros e técnicos bem interessantes. E isso contribui e soma para o desenvolvimento das outras Ceasas. O objetivo da visita foi esse: a troca de informações. Então, as informações qualificadas passadas pela equipe do DF subsidia o crescimento de outras Centrais no Brasil”.

A frase é do vice-presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimentos (Abracen) e presidente do Ceasa-PR, Eder Eduardo Bublitz, durante visita técnica à Ceasa-DF, na manhã desta quinta-feira (30/9).

Eder e presidentes de outras Ceasas foram recebidos pelo secretário de Agricultura do DF, Candido Teles; pelo chefe de gabinete da Emater-DF, Cleison Duval; e pelo presidente e pelo vice da Ceasa-DF, Sebastião Marcio e Petronah de Castro e Silva. Todos enfatizaram a união do sistema agricultura em não deixar os agricultores, especialmente os pequenos,
sem produzir e fora do mercado.

Na sequência, os diretores da Ceasa-DF Fernando Cabral (Diretoria Técnico-Operacional), Lidiane Pires (Diretoria de Segurança Alimentar e Nutricional); e Fernando Modesto (Diretoria de Administração e Finanças) explicaram o funcionamento da empresa, os desafios e os projetos em andamento em cada área.

De acordo com Eder Eduardo Bublitz, “os problemas das Ceasas só mudam de tamanho, mas são os mesmos. Então, nada melhor que esta troca de experiências, principalmente por estarmos vivendo um momento propício ao desenvolvimento das Ceasas no sentido de cumprir a nossa missão de levar alimento às mesas das pessoas”, disse.

Os participantes do encontro visitaram a conhecida “Pedra” (Pavilhão B-8) e outras dependências da Ceasa-DF.

Assembleia – Um dia antes, na quarta-feira (29/9), a Abracen promoveu uma assembleia geral extraordinária. Segundo o presidente da entidade e da Ceasa-PE, Gustavo Melo, havia a necessidade de alterar o Estatuto Social. “Ele [o estatuto] estava defasado em alguns aspectos e necessitávamos adequá-lo. Antes desta assembleia, recebemos sugestões de Ceasas de todo o pais, que serão debatidas e votadas agora”, explicou.

Em um segundo momento, o diretor da região Sul da Abracen e presidente da Ceasa-RS, Ailton dos Santos Machado, proferiu palestra sobre as dificuldades de as Ceasas cumprirem a Instrução Normativa Conjunta (INC) Anvisa-MAPA nº 2, de 7/2/2018. A INC versa sobre procedimentos para a aplicação da rastreabilidade ao longo da cadeia produtiva de produtos vegetais frescos destinados à alimentação humana, para fins de monitoramento e controle de resíduos de agrotóxicos, em todo o território nacional.

Para Ailton, a questão de fundo é a má interpretação do uso de defensivos agrícolas – que muitas vezes são encarados como veneno, como em outros tempos – e das novas tecnologias que estão à disposição dos produtores. “Implantar a rastreabilidade não será tarefa fácil. Pior: vai encarecer absurdamente os produtos, o que afetará a vida de todos, sobretudo a dos mais carentes”, avaliou.